sexta-feira, 24 de setembro de 2010

EAD

Nas últimas décadas a educação a distância tomou um novo impulso, com o uso das tecnologias da informação e comunicação essa modalidade de ensino cresceu consideravelmente favorecendo a disseminação e a democratização do acesso a educação em diferentes níveis, permitindo atender uma grande massa. A educação a distância além da grande flexibilidade tem como atender um número variado de pessoas de diferentes culturas níveis e regiões.
Com isso surge um grande desafio: como o professor irá ao encontro das necessidades e expectativas dos vários participantes sem o contato pessoal e a experiência direta?


"(...) transformar a experiência educativa em puro treinamento humano é mesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador."
Paulo Freire

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Novos Rumos no Processo de Construção do Conhecimento

Estamos às portas de um novo século. A educação, a escola, professores, alunos, pais de alunos e comunidade, precisam ser preparados para esses novos tempos. A globalização, que constitui redes científicas e tecnológicas que ligam, entre si, os centros de pesquisa e as grandes empresas do mundo inteiro, exclui, no entanto, aqueles que pertecem a uma classe menos privilegiada, sem acesso à tecnologia e às tranformações que dela surgem.
Tempos novos onde o global e o local estão em constante processo de estruturação e articulação. O lugar estratégico onde é possível redefinir o espaço e o tempo tanto sociais quanto individuais. Momento mágico de criação de um novo lugar e de um novo tempo. Tempo de transformação, em que decisões precisam ser tomadas.
Cabe aos professores preparar o caminho para os seus alunos. Uma mudança na forma tradicional do professor agir, sentir e pensar. Ele conta agora, através das tecnologias da informação e comunicação, com novas formas de produzir, preservar, atualizar e transmitir o conhecimento. Formas que alteram as práticas educativas anteriores direcionadas apenas para a oralidade e a escritura tradicionais. O que acabou ocasionando uma mudança radical no próprio processo de formação e capacitação dos professores.
 A definição e aquisição de competências são individuais, e de forma crescente cada vez mais não podem ser canalizadas sob a forma de programas ou conteúdos válidos para todo mundo. Deve-se criar novos modelos para representar o espaço do conhecimento, substituindo a representação tradicional.
Será preciso preparar os professores, para estes novos tempos, onde eles estarão frente à criação, implantação e implementação das novas tecnologias da informação e comunicação e aos novos rumos educacionais. Em suma, frente à chamada Sociedade da Informação; onde há a criação constante do novo, em que a singularidade e o pluralidade se tecem de forma articulada. O educacional passa a ser redefinido continuamente, exigindo preparação e especialização contínuas por parte dos professores.

Segundo José Manuel Moran:

"O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo, está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses."

 

domingo, 19 de setembro de 2010

Educação e tecnologia: duas ciências que se interdependem e se completam

“Um grande e belo espetáculo ver o homem sair, de qualquer maneira, do nada, por seus próprios esforços; dissipar, com as luzes da razão, as trevas nas quais a natureza o envolvera; elevar-se acima de si mesmo; atirar-se pelo espírito até às regiões celestes; percorrer, a passos de gigante, como o sol, a vasta extensão do universo; e, o que ainda é maior e mais difícil, entrar de novo dentro de si mesmo para aí estudar o homem e conhecer sua natureza, seus deveres e seu fim. Todas essas maravilhas são renovadas há poucas gerações.” *



É complexo imaginar que um discurso do século XVIII possa ser tão contemporâneo como este de  Jean-Jacques Rousseau dissertando sobre o estabalecimento da ciência e a influência desta nos costumes da humanidade. 
O avanço da tecnologia se faz cada vez mais rápido e, com ela, as necessidades humanas são cada vez maiores, mas as lacunas cognitivas que antes eram difíceis de se preencher hoje são preenchidas em um "enter". 
Se ha alguns anos o tempo e o espaço eram barreiras, limitando as possibilidades do indivíduo  a estudar, pesquisar e se especializar, e com isso, limitando  propriamente dito, o  desenvolvimento de  nações, hoje o cenário é completamente diferente. A tecnologia está sendo usada cada vez mais como facilitador do processo do desenvolvimento cognitivo que, consequentemente será investido na evolução da ciência. Não há mais barreiras de tempo e espaço, pois o mundo está a disposição de todos a qualquer hora.
E se educar era um processo que envolvia a dura missão de tornar o indivíduo crítico, o educar contemporâneo possui uma missão muito mais árdua que é moldar, ou orientar a criticidade que o mundo oferece a cada um de nós a todo momento. O educar hoje é orientar e facilitar o processo de aquisição do conhecimento de forma coletiva, pois com a internet e o universo tecnológico que dispomos, a chave mestra do conhecimento atual é a colaboração que abre as portas para o conhecimento democrático.


*ROUSSEAU, Jean-Jacques. Se o restabelecimento das ciências e das artes contribuiu para purificar os costumes.