quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Novos Rumos no Processo de Construção do Conhecimento

Estamos às portas de um novo século. A educação, a escola, professores, alunos, pais de alunos e comunidade, precisam ser preparados para esses novos tempos. A globalização, que constitui redes científicas e tecnológicas que ligam, entre si, os centros de pesquisa e as grandes empresas do mundo inteiro, exclui, no entanto, aqueles que pertecem a uma classe menos privilegiada, sem acesso à tecnologia e às tranformações que dela surgem.
Tempos novos onde o global e o local estão em constante processo de estruturação e articulação. O lugar estratégico onde é possível redefinir o espaço e o tempo tanto sociais quanto individuais. Momento mágico de criação de um novo lugar e de um novo tempo. Tempo de transformação, em que decisões precisam ser tomadas.
Cabe aos professores preparar o caminho para os seus alunos. Uma mudança na forma tradicional do professor agir, sentir e pensar. Ele conta agora, através das tecnologias da informação e comunicação, com novas formas de produzir, preservar, atualizar e transmitir o conhecimento. Formas que alteram as práticas educativas anteriores direcionadas apenas para a oralidade e a escritura tradicionais. O que acabou ocasionando uma mudança radical no próprio processo de formação e capacitação dos professores.
 A definição e aquisição de competências são individuais, e de forma crescente cada vez mais não podem ser canalizadas sob a forma de programas ou conteúdos válidos para todo mundo. Deve-se criar novos modelos para representar o espaço do conhecimento, substituindo a representação tradicional.
Será preciso preparar os professores, para estes novos tempos, onde eles estarão frente à criação, implantação e implementação das novas tecnologias da informação e comunicação e aos novos rumos educacionais. Em suma, frente à chamada Sociedade da Informação; onde há a criação constante do novo, em que a singularidade e o pluralidade se tecem de forma articulada. O educacional passa a ser redefinido continuamente, exigindo preparação e especialização contínuas por parte dos professores.

Segundo José Manuel Moran:

"O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo, está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses."

 

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